A mais linda história de amor.

Começo esse post dizendo que nada do que eu descreva aqui poderá te preparar para o momento em que você encontrar o Taj Mahal. A verdade é que ter tido a oportunidade de visitar esse monumento, que é uma das sete maravilhas do mundo, me enche de gratidão e ficará marcado para sempre em minha memória. Não apenas pelo o que é mas por tudo aquilo que representa.

Posando no “banquinho da Princesa Diana” – a majestade posou para uma foto sentadinha nesse banco

O nosso dia começou bem cedo às 5 da manhã. Nosso objetivo era assistir ao nascer do sol lá no “Taj” (já tô íntima). Também consideramos chegar cedo porque visitamos a Índia durante o mês de junho (verãozão), e as temperaturas por lá batem a casa dos 40C nessa época do ano – não tanto pelo calor, afinal já estou acostumada, mas sim a umidade (e sim, sou corajosa). Chegar bem cedo foi a melhor decisão que tomamos: nesse horário além do monumento não estar absurdamente cheio de turistas (coisa rara), a temperatura estava mais agradável.

Logo após passar o portal de entrada. Não reparem a carinha de sono: eram 6 da manhã!

Pedimos um guia local para nos acompanhar durante toda a nossa visita ao Taj. E aqui deixo o pulo do gato: o Taj Mahal é simplesmente incrível, mas ele fica ainda mais sensacional quando você tem um guia que durante todo o seu trajeto te conta os mínimos detalhes da história dessa majestosa construção. Num determinado momento, nosso guia nos colocou sentados a sombra de uma árvore, de frente para o Taj. Enquanto ele contava os detalhes dessa história de amor, não consegui conter as minhas lágrimas de emoção por estar naquele lugar – piegas eu sei, mas fazer o que…

O grande portal de entrada para o Taj: acima vários inscritos em árabe com passagens do Alcorão.

A história é mais ou menos assim: o grande imperador Mongol Shah Jahn construiu o Taj Mahal – a maior tumba do mundo, em homenagem a sua esposa Mumtaz Mahal. Eles foram casados durante 19 anos e a Mumtaz veio a falecer aos 38 anos durante o parto do décimo quarto filho do casal (isso mesmo, 14 filhos. Eita amorzão!)

Ele, lindo como numa moldura

Mumtaz (que antes de casar tinha o nome de Arjumand Banu Begum), ficou noiva de Shah Jahan quando ela tinha apenas 15 anos de idade – e ele 14. Eles tiveram porém que esperar 5 anos para poderem se casar – data que de acordo com a astrologia da época, seria o momento perfeito para um casamento próspero. Ela foi a segunda esposa do imperador (que depois dela ainda se casou outras 2 vezes), mas ele não escondia de ninguém que apesar de ter outras 3 esposas, ela era a sua preferida. Tanto que após o casamento deles, Shah Jahan a nomeou de “Mumtaz Mahal”, que quer dizer “a escolhida, a jóia do palácio”.

Díficil resistir a vontade de tirar muitas, muuuuuitas fotos

Os relatos contam que ambos eram companheiros apaixonados e confidentes. Um casal que tinha uma enorme sintonia. Ainda em vida, muitos poetas da época destacaram a beleza e personalidade fascinante de Mumtaz. A rainha era a única que apesar de estar maior parte do tempo grávida (foram 14 filhos, né?), acompanhava o imperador em todas as suas viagens a trabalho pelo império Mongol.

Não importa o angulo que você veja o Taj Mahal: a simetria é perfeita.

Conta a história que antes de falecer, Mumtaz pediu que Shah Jahan construísse um pequeno mausoléu para que ele nunca a esquecesse. Depois da sua morte, o imperador ficou extremamente devastado, e se isolou em luto por 2 anos. Após esse período, ele concentrou todo o seu tempo, energia e finanças para construir o que seria o maior mausoléu do mundo.

Para visitarmos o interior do mausoléu, precisamos colocar esses plásticos protetores nos sapatos para não arranhar o chão de puro mármore

Foram no total 22 anos dedicados a construção do Taj Mahal, e mais de 22 mil trabalhadores envolvidos. O imperador tinha como objetivo reproduzir o que seria a réplica perfeita do Paraíso segundo o Alcorão (livro sagrado para os mulçumanos), na Terra. Cada detalhe do complexo onde se encontra o Taj Mahal tem um significado. Tudo no Taj Mahal foi construído com simetria perfeita. Cada coluna, cada parede, cada pequeno detalhe. Mármores, ouro e pedras preciosas foram trazidas de diferentes partes do mundo. Imagina fazer essa gigantesca construção em pleno século XVII? Sem poder contar com os recursos mais básicos que temos disponíveis hoje em dia? Ainda tem dúvida de que foi a maior prova de amor que o mundo já viu?

Apenas a área onde se encontra o mausoléu levou 10 anos para ser finalizada.

Todos os detalhes foram feitos com mármore branco e pedras preciosas. Tudo feito a mão.

Quando o imperador morreu em 1666, seu corpo foi colocado numa tumba ao lado da rainha. É esse o único lugar no Taj Mahal que não possui simetria perfeita – já que não estava nos planos do imperador que a sua tumba fosse colocada ao lado dela.

Uau!

O Taj Mahal é um daqueles lugares que deve estar na sua “bucket list“. Os detalhes da sua construção e da sua história sempre me fascinam. Ter visitado o monumento me deixou uma lição: de que o amor verdadeiro é capaz das mais maravilhosas atitudes, tudo como prova de amor.

Foi uma grande benção ter tido o privilégio de conhecer o Taj Mahal, que merecidamente é uma das sete maravilhas do mundo.

O magnífico Taj Mahal

Fonte: http://cariocatravelando.com/2014/11/a-mais-linda-historia-de-amor-taj-mahal.html